
Mensagem do Presidente da Direção-Geral
Caros colegas,
Os tempos que hoje vivemos são particularmente desafiantes. Por um lado, o nosso Ensino Superior
enfrenta uma crise sistémica. Todos os anos, os estudantes da nossa Academia deparam-se com uma crise de alojamento agravada, um sistema de ação social desadequado e cuidados de saúde insuficientes.
Por outro, o contexto político que deveria servir de palco para as reformas que, tão urgentemente, necessitamos é, pela sua instabilidade, altamente averso à mudança.
É neste cenário incerto e desafiante que a AAUL deve, necessariamente, atuar. Enquanto estrutura representativa dos 52.000 estudantes da Universidade de Lisboa, a AAUL tem o dever de, ao mesmo tempo, interpelar os atores políticos do nosso país acerca dos problemas que nos assolam e construir, através de todos os meios ao seu alcance, soluções para os mesmos.
A AAUL, tal como o nosso Ensino Superior, deve ser multidisciplinar, resiliente. Este é um processo que não se fará das cúpulas diretivas para a base. Será, isso sim, um trabalho de auscultação e acolhimento de diversas perspetivas e, acima de tudo, da sua efetivação.
Pela sua dimensão e pela sua história, a AAUL é o maior exercício democrático no Associativismo Nacional. Cabe, à Direção-Geral que lidero, concretizar os anseios do maior plenário estudantil do país. Assim faremos.
Acreditamos que num país onde impera a perneciosidade das quintinhas privadas, tudo faremos para que sejamos uma só comunidade académica, comprometidos com a Universidade a que chamamos Casa, todos nós a lutar por um Ensino Superior mais justo, mais acessível, mais digno.
E, portanto, o meu pedido é só um:
Sejamos realistas, exigemos o impossível
Gonçalo Osório de Castro,
Presidente da Direção-Geral | AAUL
